Panorama rápido dos actuais desafios do sistema de imigração português
Desde 2016, Portugal tem-se posicionado como "o Silicon Valley da Europa", atraindo milhares de startups e os seus colaboradores. No entanto, o país tem falhado na adaptação e modernização dos seus processos de imigração para acomodar esta onda de talento.
Portugal enfrenta atualmente um atraso significativo em matéria de imigração. Após o encerramento do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras), a criação da Agência para a Integração, Migração e Asilo (AIMA) e a mudança de governo, existem atualmente pelo menos 400.000 processos de imigrantes pendentes. Muitos mais aguardam a marcação de entrevistas para iniciar o processo de residência. Esta sobrecarga de casos, combinada com a escassez de pessoal na AIMA, causou graves atrasos nos tempos de processamento.
Quem é afetado?
- Titulares de vistos de residência: Nalguns casos, os titulares de vistos de residência não foram convocados para converter os seus vistos em cartões de residência.
- Processos de renovação: O Governo português prorrogou a validade de todos os documentos de imigração e vistos até junho de 2025 para gerir os atrasos. No entanto, é necessária uma prova de marcação de renovação para que os documentos permaneçam válidos para além do prazo de validade atual. Atualmente, a renovação só é possível online e está limitada àqueles cujos cartões expiraram.
- Marcação de consultas para famílias: As famílias que aguardam marcação de consultas sofrem atrasos, uma vez que o sistema atual apenas processa pedidos para famílias com crianças entre os 5 e os 14 anos.
- Requerentes de autorizações de residência: Aqueles que apresentaram pedidos estão a enfrentar longas esperas. Embora a AIMA seja obrigada a responder no prazo de 90 dias úteis, o processamento prolonga-se frequentemente até 120 dias ou mesmo até 2 anos.
O que é que está a ser feito?
Para resolver estes problemas, o Governo introduziu várias medidas, incluindo o fim da "Manifestação de Interesse" e o lançamento de uma "mega-operação" para resolver os atrasos até ao verão de 2025. Esta operação, que decorrerá até 2 de junho de 2025, envolverá até 300 pessoas dedicadas ao processamento e assistência de casos de imigração.
O impacto na mobilidade profissional
Este atraso na imigração pode perturbar as operações da empresa, ter um impacto negativo na expansão e levar a custos adicionais de relocalização de funcionários. Sem diretrizes claras por parte do Governo português, as empresas que contratam talentos internacionais são apanhadas num dilema: avançar com a integração e arriscar multas, ou atrasar as datas de início dos seus empregados em meses.
Enquanto aguardam a autorização de trabalho, os requerentes podem residir legalmente em Portugal, mas não são considerados residentes. Este facto pode impedi-los de abrir uma conta bancária em Portugal ou de se tornarem residentes fiscais. Consequentemente, as entidades empregadoras podem deparar-se com complicações no processamento de salários devido às diferentes taxas de imposto para residentes e não residentes, bem como com dificuldades no pagamento de salários sem uma conta bancária local.
Ao mesmo tempo, os trabalhadores enfrentam um processo de imigração moroso e confuso e a possibilidade de ficarem retidos em Portugal até o processo estar concluído. Embora os candidatos possam permanecer legalmente em Portugal até receberem os seus documentos de residência, viajar depois de o seu visto ou autorização Schengen expirar é arriscado, uma vez que não há garantia de reconhecimento internacional de documentos expirados. Assim, os requerentes têm de permanecer em Portugal até receberem a nova autorização de residência.
Qual é a solução?
O melhor processo para os empregadores que procuram acelerar a relocalização dos seus empregados para Portugal é contactar um especialista certificado e tomar medidas legais. A equipa de especialistas locais da Jobbatical pode ajudá-lo a navegar facilmente pelas mudanças de política em Portugal, garantindo uma relocalização tranquila e em conformidade.
Portugal tem um processo de imigração relativamente eficiente em comparação com outros países da UE e oferece uma das vias mais fáceis para a residência permanente. No entanto, para se tornar e continuar a ser um destino atrativo para empresas tecnológicas inovadoras, o governo tem de dar prioridade ao aumento da capacidade de processamento e à modernização do sistema de imigração, seguindo exemplos europeus como a Alemanha.
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